O continente ao lado
Queria eu ter o dom de moldar o amanhã,
Mudar caminhos ou entrecruzá-los
Tantas e tantas vezes fossem necessárias
Para que o desfecho não fosse aquele que se vê
Trépida no lúmem do meu ser
Incapaz, sou mais uma no meio dessa multidão
Que acorda, trabalha, dorme...
Oh! vida tranqüila, que eu não quero pra mim
Conformada tento não pensar, me convém
Uma fuga sem sucesso
Aonde deixei minhas mãos
Que deveriam estar incessantes
Para segurar esse aquém que suplica
Esse formado por miséria e dor
No entanto, uma parte de mim
Fora de tom, incoerente