EU , VOCÊ,  A  DISTÂNCIA   E . . .




...  jogo uma flor de maracujá pra você, 
  colhida há pouco lá no meu quintal, 
  onde os ramos da planta se derramam suavemente  sobre a goiabeira, vindo ao meu encontro  como braços ansiosos   de um homem apaixonado...
 

 
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...  a  distância que nos separa é apenas uma ilusão de ótica,  uma idéia de impossibilidade.  Quando  nossas emoções  se entrelaçam, os corpos são meros invólucros  e  nossos cheiros e gostos  terão o sabor que nossa imaginação e desejo lhes  conferir...    Feromônios  do amor  são criação nossa, nossa química interna, portanto  consequência de um envolvimento prévio entre as partes...



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      Podemos sim, continuar envolvidos, pois, no mundo virtual  não há como separar aquilo que na verdade nunca esteve unido, assim , de pegar, cheirar e gostar.                 
    Mas que gosto teria você se, numa tarde qualquer, eu o visse sentado à mesa de um café, me aproximasse e te beijasse o rosto lentamente.  Ficaríamos numa proximidade que permitiria ouvir as batidas do teu coração,  sentir o teu cheiro misturado a um perfume quente  e enquanto você se afastasse um pouco pra me dizer uma palavra, nossos olhos se encontrariam  e tenho certeza que sua mão tremeria ao me oferecer a cadeira gentilmente. Aí, frente a frente, eu iria ouvir a tua voz um tanto rouca  saindo de uma boca que sempre vi desenhada em fotos.  Logo, nossas mãos estariam unidas e nada que disséssemos faria a menor diferença, diante da eloquência do silêncio imposto pela absoluta vontade de simplesmente sentir...
tania orsi vargas
Enviado por tania orsi vargas em 29/03/2008
Reeditado em 29/03/2008
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