EU , VOCÊ, A DISTÂNCIA E . . .
... jogo uma flor de maracujá pra você,
colhida há pouco lá no meu quintal,
onde os ramos da planta se derramam suavemente sobre a goiabeira, vindo ao meu encontro como braços ansiosos de um homem apaixonado...
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... a distância que nos separa é apenas uma ilusão de ótica, uma idéia de impossibilidade. Quando nossas emoções se entrelaçam, os corpos são meros invólucros e nossos cheiros e gostos terão o sabor que nossa imaginação e desejo lhes conferir... Feromônios do amor são criação nossa, nossa química interna, portanto consequência de um envolvimento prévio entre as partes...
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Podemos sim, continuar envolvidos, pois, no mundo virtual não há como separar aquilo que na verdade nunca esteve unido, assim , de pegar, cheirar e gostar.
Mas que gosto teria você se, numa tarde qualquer, eu o visse sentado à mesa de um café, me aproximasse e te beijasse o rosto lentamente. Ficaríamos numa proximidade que permitiria ouvir as batidas do teu coração, sentir o teu cheiro misturado a um perfume quente e enquanto você se afastasse um pouco pra me dizer uma palavra, nossos olhos se encontrariam e tenho certeza que sua mão tremeria ao me oferecer a cadeira gentilmente. Aí, frente a frente, eu iria ouvir a tua voz um tanto rouca saindo de uma boca que sempre vi desenhada em fotos. Logo, nossas mãos estariam unidas e nada que disséssemos faria a menor diferença, diante da eloquência do silêncio imposto pela absoluta vontade de simplesmente sentir...