SOLIDÃO
Sabe,
Sinto-me tão triste, e angustiado
Justamente naqueles momentos quando começo a lembrar
A recordar nós
Tantos e muitos instantes
Que juntos dividimos
Foram momentos inesquecíveis
Com tanta ternura e carinho
Beijos e abraços
Imensos afagos
Momentos esses que jamais
Se apagará da minha mente
Ficará gravado para sempre na minha memória
Aqueles gestos, sua felicidade...
Sua satisfação, seus carinhos,
Seus gemidos, tantas ternuras,
Sabe, eu estava pensando
Que nunca iria acabar
E que em tempo algum apagaria
Os bons momentos, o nosso relacionamento
Não diria, uma aventura...
Uma paixão e falando sinceramente
Foi puro amor, com toda convicção, e
Certeza
Porque eu vivi aqueles momentos
Como os melhores de toda a minha vida
Pude sentir a felicidade em seu ser
Contemplando o meu pulsar, nas minhas veias
Contorcendo-se de energia
Procurando os vasos para jorrar todo o meu sangue
Certamente, achava que aquele amor
Era igual a um concreto
Ou a uma rocha, inabalável,
Concisa, segura
Mas, só bastou um pequeno desequilíbrio
Uma pequena chuva, um simples redemoinho
Para que tudo desabasse
E desabou,
Desmanchando-se tudo num só piscar de olhos
Não adiante aos seus obstáculos
Suas raízes, seus afagos
Não, sem mais chances
Separou-se, a água da areia
Secou-se, a sua umidade
Distanciou-se...
Lamentavelmente perdeu-se
Mas, um grande amor, uma imensa base
Não se desmorona assim tão fácil
Só é fácil, quando não é puro
Não tem nenhuma sustentação
Não é uma rocha
Não vem a ser uma montanha, mas,
Era um grande amor
Não foi um grande desejo...
Separados...
Longe...
Angustiados,
O convívio com a solidão.