Trovando pra você - Anita Fogacci e Júlio Nessin

"Mas, faça! Faça-me sua pela última vez" / Trovando pra você - Anita Fogacci e Júlio Nessin

"Mas, faça! Faça-me sua pela última vez"

Ímpeto frisson que desvaira meu insolente corpo. Toca-me sutilmente, leva-me à loucura inconseqüente, do devaneio ao caos remanescente.

Invade. Explora. Revolta. Enfim, apetece em vigor deleite.

Extasia-me a alma esta rijeza pueril. Vadia-me eloqüentemente. Perdura-se nesta minha calorosa aura.

Acalente-se em mim, trovador indolente! Reverbera seus delírios neste corpo desnudo, acolhe-te entre meus seios e acomode-se. Adormeça, se coragem tiver. Faça-me moradia eterna, se ousado for. Mas, faça! Faça-me sua pela última vez.

* Virgem Santa será que darei novamente ênfase ao meu lado devasso?

Anita Fogacci

Publicado no Recanto das Letras em 25/03/2008

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Trovando pra você

Trovas eu te faria

Mas não transformaria em "provas de amor"...

Essa eu provaria!...

Indolente?...

Quisera eu ser esse que ama você...

Se eu fosse, seria também indecente...

Mas não me faça inconseqüente

Não quero ser um mero trovador...

Deixa-me escrever assim

Mesmo não sendo escrito pra mim

Esta maravilha de pauta de amor.

Júlio Nessin

Publicado no Recanto das Letras em 27/03/2008

Código do texto: T918374

Obrigada querido colega Júlio pela trova... e continuo

Quisera eu receber tais provas, tais confirmações e tão desejosos versos.

Daquele que amo pouco recebo, pouco tenho e tão pouco espero.

Se ao menos versos me desse, satisfaria minha alma aflita.

Hoje, da meia lua vista, entristecida ainda fiquei:

ao vê-lo senti o quão só me tornei.

Mas é a vida,

E dela, hoje já não espero grande oferta!

O pior da solidão é ter que encará-la na escuridão, então para tentar sufocar a dor, ouço:

Você é assim

Um sonho pra mim

E quando eu não te vejo

Eu penso em você

Desde o amanhecer

Até quando eu me deito

Eu gosto de você

E gosto de ficar com você

Meu riso é tão feliz contigo

O meu melhor amigo é o meu amor

E a gente canta

E a gente dança

E a gente não se cansa

De ser criança

Da gente brincar

Da nossa velha infância

Seus olhos meu clarão

Me guiam dentro da escuridão

Seus pés me abrem o caminho

Eu sigo e nunca me sinto só