" Eu nunca mais vou respirar"
Hoje sinto em demasia. Sou pura sensibilidade. Tudo é aumentado. Todos os desejos exacerbados. Todas as saudades agravadas e a ansiedade consome meu equilíbrio interior. Odeio a ansiedade quando ela é maior do que eu. Odeio não me controlar. Odeio ser a boazinha, pois só as meninas boas sofrem. Dói-me a cabeça. Quiseram me modernizar dizendo que eu deveria aderir as relações modernas tão fugazes quanto às tendências da moda. Ninguém se apega a ninguém e assim as filas andam, sem afeto, sem respeito e sem laços. Foge-se de que? Hoje eu extrapolo e digo o que quero. Homens e mulheres dormem e acordam fugindo de um provável abandono. Carências vividas de formas diferentes entre os gêneros. E eu? Uma latina assumida que valoriza as emoções e que tem medo. Que ora foge, ora quer, mas sempre leal aos sentimentos e respeitando o outro.
Hoje sou exagerada em todas as sensações. E ninguém melhor do que Cazuza para a trilha sonora desse desabafo. Sem áudio transcrevo a letra de Exagerado, cantada pelo poeta da minha geração e composta em parceria com Leoni e Ezequiel Neves.
Amor da minha vida
Daqui até a eternidade
Nossos destinos foram tracados
Na maternidade
Paixão cruel desenfreada
Te trago mil rosas roubadas
Pra desculpar minhas mentiras
Minhas mancadas
Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado
Eu nunca mais vou respirar
Se você não me notar
Eu posso até morrer de fome
Se você não me amar
Que por você eu largo tudo
Vou mendigar, roubar, matar
Até nas coisas mais banais
Pra mim é tudo ou nunca mais
Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado
Que por você eu largo tudo
Vou mendigar, roubar, matar
Até nas coisas mais banais
Pra mim é tudo ou nunca mais
Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado