A LINGUAGEM DOS AFETOS

Por densidade de condenação, a eterna condição pecadora mais uma vez me faz chorar. O marear dos afetos, daquilo que é imaterial, e não tem sexualidade, produz seqüelas muito fortes porque energia, pensamento.

Mas o desejo de se ver junto é o mesmo de tudo e de todos. O que faria, hoje, sem um punhado de amigos?

E mais uma vez abra-se o bico: poesia é o choro dos grandões, dos crescidos. Dos meninos e meninas que não se rendem ao banal, ao usual, ao que se desgasta e suja!

Só é humana e digna a linguagem dos afetos. O resto é mercado de troca, onde o dinheiro é a mola do mundo.

– Do livro EU MENINO GRANDE, 2006 / 2008.

http://www.recantodasletras.com.br/prosapoetica/90395