Depressa...
Depressa.
Preciso sentir a caneta roçar o papel.
Dizer da minha ansiedade em sentir
Teus lábios de mel;
Tua pele, minha pele...
Deixa.
Esquece tudo o que vive agora.
Vem depressa que em agonia,
Desespero meu peito chora.
Escuta.
Cada célula do meu DNA te chama.
Meu coração bate com tamanho vigor
E quase destrói a caixa e se esparrama.
Pisca.
Eu não consigo. Nem sei se vivo...
Ou se sou eu apenas um sentimento.
Grita.
Desperta-me do encanto. Deixa eu
Extravasar, não quero ficar só no
Meu canto.
Pinta.
Minha vida é uma tela em branco.
E sei, tens pinceis e tintas para me
Preencher.
Canta.
Meus ouvidos são exclusivos teus;
Tua voz é a maior esperança para
Minhas prosas.
Foge.
Não sei o que sinto. É tudo muito
Vivo.
Assim meu peito explode.
Olha.
Assim te faço companhia e fico
Também sem graça.
Meus olhos te dirão o que tenho
Escondido do público com meus
Personagens na praça.
Diz.
Tenho pressa em ouvir-te.
Vem logo, faz feliz o meu ser
Triste.
Ama...