"O CABOCLO"
Eu era um caboclo feliz,
eu morava ali, na beira do "igarapé"
e tinha como companheira, a lua;
Eu tinha quase tudo,
só faltava uma "muié";
De manhã, eu acordava sempre rindo
me divertia quando ao longe eu escutava,
da Igreja o badalar dos sinos...
sentava ali na ribanceira,
e sonhava igual menino;
A minha amiga lua,
clareava as minhas madrugadas,
eu confiante, não tinha medo de nada!
Eu era um caboclo criança,
mesmo velho, mas vivia na infância,
eu tinha saudades...não tinha maldade,
até que um dia, eu vim morar na cidade,
fiquei aterrorizado, pois eu vi tanta maldade!
Me senti atordoado sem saber o que fazer;
O que lá, o meu cachorrinho não comia...
aqui eu tenho que comer!
Eu não estou criticando,
só estou desabafando,
um pouco dos meus desabores;
Vou ficar aqui falando,
entra ano e sai o ano,
a idade vai chegando...
hoje eu sou um ancião;
Mas não perco a esperança,
finjo que sou uma criança...
e que este mundo é meu;
Vou andando sem fronteiras,
descanso e sigo outra vez...
não tenho nada que é meu;
Se nem do corpo eu sou dono!
Só dos pensamentos meus...
vou cuidando desse corpo
não sei se muito ou se pouco;
Até entregá-lo, a Deus.
Eu era um caboclo feliz,
eu morava ali, na beira do "igarapé"
e tinha como companheira, a lua;
Eu tinha quase tudo,
só faltava uma "muié";
De manhã, eu acordava sempre rindo
me divertia quando ao longe eu escutava,
da Igreja o badalar dos sinos...
sentava ali na ribanceira,
e sonhava igual menino;
A minha amiga lua,
clareava as minhas madrugadas,
eu confiante, não tinha medo de nada!
Eu era um caboclo criança,
mesmo velho, mas vivia na infância,
eu tinha saudades...não tinha maldade,
até que um dia, eu vim morar na cidade,
fiquei aterrorizado, pois eu vi tanta maldade!
Me senti atordoado sem saber o que fazer;
O que lá, o meu cachorrinho não comia...
aqui eu tenho que comer!
Eu não estou criticando,
só estou desabafando,
um pouco dos meus desabores;
Vou ficar aqui falando,
entra ano e sai o ano,
a idade vai chegando...
hoje eu sou um ancião;
Mas não perco a esperança,
finjo que sou uma criança...
e que este mundo é meu;
Vou andando sem fronteiras,
descanso e sigo outra vez...
não tenho nada que é meu;
Se nem do corpo eu sou dono!
Só dos pensamentos meus...
vou cuidando desse corpo
não sei se muito ou se pouco;
Até entregá-lo, a Deus.