PERTINÁCIA À LA HIPOTENUSA DO ESQUECIMENTO
Eu bem sei que a questão de fundo é assim:
Perdemos horas, dias a mais.
Ganhamos a necessidade de consumir Colorhair*, Calcium* e Aspirina*:
Dias amenos...
E então a vastidão do deslumbramento carpediano
Completa todo o vácuo ímãnador de sentimento
E ao encher até à borda, o desespero futurista, companheiro-mor
Irado nos interpela o porquê de nossa a-traição
E faz-nos ajoelhar perante àquelas horas d´O Início
Dos dias a mais em que pensamos: "chegarão a vir?"
Infeliz ou felizmente não é que eles vêm?
E a vontade que se segue disso tudo nadificantemente
Dilacera-se lá onde se sentem as pancadas
(tum-tum, tum-tum)
Em uma estranha querela entre o (arre)pendimento
E a fissura...
Daí prego a mim mesma, messianicamente,
em todos os tempos possíveis
Um meu outro escrito que concebido não me perguntem como
Vem sempre bem a calhar, pelo menos aliviando,
quando dessa ansiedade sem jeito:
-Adiante! Pra viver o que seria
Pois já que não o foi, adianta ser mais?
Quem sabe um dia...