AMO NÃO NEGO
Amo não négo, vivo quando puder... Sofro, choro, corro, paro, vôo, más permanece em pé... Esbravejo pelos cantos, me escondo dos espelhos, me cubro com um manto, discorro por escadas íngremes e alço minha voz num canto em meio a gemidos e prantos... Sussurro para mim mesmo, efêmeros realejos me dizem só o que quero... Deslumbro o que venero, gotejo palavras nocivas me pasmo em meio à brisa, transporto lembranças doces, mescladas a um estilo sombrio e maquiadas pelo desconhecido que me circunda paliativamente... Quero viver este amor mosaico, dilacerado pela ilusão do que transcende e me ofusca a querer o que não devo, mas desejo neuroticamente por instinto... Confesso, sou vitima do meu ego inflamado e inflável pelo proibido e bem pouco accessível...