O vazio,
Minha impertinência.
Solidão,
Meu acesso a circunstância,
O desconforto de ter opinião.
Ocasião e desperdício,
Pois o cerne do sacrifício
Está no profilático estar só.
A escolha entre ter atitude
Ou ser apenas solicitude.
Massa de manobra,
Um lugar comum ao vento.
Aquelas coisas que decoram o átrio,
Elemento artificial.
Substancial apenas ao uso
E desuso das oportunidades de plantão.
No silêncio cultivo meus azedumes;
Mortifico-me.
Porque na ausência do inesperado
Mora a monotonia.
 
 
 
Gerson F Filho
Enviado por Gerson F Filho em 06/03/2008
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