Conversa ao pé do ouvido (Sexo)
A todas as mulheres que querem o fogo do desejo diariamente.
Quero fazer tua pele tremer,
Evaporar o suor dos desejos,
Gemer as dores que não são dores,
Por que se confundem com teu gozo.
Quero dominar teus olhos,
Acariciar teu ventre,
Lamber teus pelos,
Morder tua nuca,
Beijar teus olhos,
Sussurrar em tua boca,
Falar aos teus ouvidos o nome que mereces.
Delicadamente, sugar teus ouvidos,
Segurar teu corpo com força,
Apalpar e, às vezes, amassar teus seios,
Sentir teu calor,
Saber teus anseios.
Criar contigo os gemidos mais loucos,
Na Odisséia dos deuses antigos,
No Maremoto dos lençóis secos,
Não deixar você descansar.
Ser a harmonia da tua orquestra,
Ser maestro e regente de tuas curvas,
Tocar bem teus instrumentos,
Explorar os batuques e expressões do teu corpo nu.
Sem descanso, no balanço,
Amarrar tuas mãos ao pé da cama,
Te fazer a minha escrava,
Explorar os teus caminhos,
Entrar nas grutas do teu destino,
Aflorar os teus instintos secretos.
E cavar aqueles mais escondidos.
Sentir o gosto de teu mel,
Ir buscá-lo com minha língua
Entre as pernas, tão sedenta,
Só desejas sentir e dar
Aquilo que meu corpo precisa.
Segure-se e venha,
Equilibre-se em mim,
Quero estar nas tuas entranhas,
Quero que venhas de frente,
Pois que desejo encarar teus olhos,
Beber teus seios,
Te fazer chorar de gozo,
E sorrir por que queres mais,
Te fazer desfalecer com meu membro quente
No chamariz de tua gruta e te fazer gritar: mais!
Quero te fazer minha, e livre!
Poseidon que não me deixa retornar ao real.
Quero inundar teu ventre com meu sangue quente
Não parar de te dar nomes,
Segurar firme em teus cabelos,
Desfalecer contigo,
Adormecer e acordar contemplando tua beleza,
Para, logo depois, te possuir novamente, com desejos mais quentes,
E continuar na Odisséia do amor, do sexo, dos desejos, da vontade,
De tudo que queremos fazer um com o outro,
Dar lugar ao animal, esquecer o racional,
Sem pudores e com gozos,
Vivermos a interminável Epopéia de dois personagens que na cama só são um.
By CJMaciel
P.S.: Esta poesia está devidamente registrada em cartório no nome do autor. Toda reprodução sem a devida autorização sofrerá as sanções penais previstas em lei.