Babilônia de Sentimentos
Erguer as mãos.
Querer tocar os céus.
Babilônia de sentimentos.
Silêncio absoluto.
Tudo se reflete
Na lança sega
Que está cravada no peito
E fôra guiada por mãos sutis.
Mãos assassinas que nada mais são
Do que brasões de vergonha,
Que rasgam tecidos
E os mancham em nódoa.
Tecidos rasgados.
Brasões da vergonha.
Bucolismo árido.
É melhor ser Rei nu do que ser servo corrupto.
As mãos querem tocar os céus...
Babilônia!
Veja!
Eis o caminho de tecidos rasgados que se regeneram com a luz.
Veja!
Luz que mostra o brilho da lança sega,
Escudo quebrado,
Tecidos rasgados
Que se regeneram e curam o câncer da alma,
Traz o bálsamo às dores infindas:
Céu tocado pelas pontas dos dedos
Das mãos que buscam o sagrado.
Peito cravado.
Dedos que deslizam
Sob as lágrimas silenciosas
De um rosto que procura cura:
A Verdade Imortal
Que só é Verdade até quando se descobre outras,
Deixando de ser Verdade
Para ser babilônia de sentimentos.
Lança sega cravada no peito,
A verdade antiga,
Brasões da vergonha,
Tecidos rasgados,
Mãos assassinas que se fazem sutis.
Na lança, o veneno que cega.
Nos brasões, as verdades manipuladas.
Nos tecidos, a nódoa da mentira.
No peito, a verdade de cada um.
P.S.: Esta poesia está devidamente registrada em cartório no nome do autor. Toda reprodução sem a devida autorização sofrerá as sanções penais previstas em lei.