Quanto a Mim...
Diante de frágeis prospecções, sinto tédio, somente.
E me rio da vaga filosofia dos covardes. Renitentes e convictos em suas justificativas incipientes.
Vivendo em maquetes e julgando-se conhecedores do mundo, essas pequenas e arrogantes almas.
Perdem-se do alvo maior, anulam-se em atitudes na tolice trêmula e atrofiante de negociar com o medo.
E nesse não enfrentamento desvirtuam o propósito da própria existência, a interna e árdua travessia para o alcance do Eu absoluto.
Mais conveniente a paralisia torpe, ou o caminhar apoiado em ombros vacilantes.
O vislumbre da amplidão é benemérito exclusivo dos fortes.
Dos raros conhecedores das reais dimensões da dor. Dos que percorreram o Grande Caminho com a nobreza e doçura dos sobreviventes de si mesmo. Coroados de cicatrizes e virtudes oriundas da própria evolução.
E incontáveis aqueles que não suportariam a densidade de apenas SER.
Confesso que isso me soa estranho, distante...
Mas compreensível. Muito claro, até .
A estupidez humana é plena de obviedades...
Claudia Gadini
19.12.05