Uma outra vez
Fui ingênuo
Deixei-me iludir por uma mera nesga de sol
Pensei que aquela luz poderia saciar a sede de amar
Queimando intensamente em meu coração estraçalhado
Minha mente era inundada por uma onda de pânico
Toda vez que nossos olhos se encontravam.
Você me iludiu!
Fez-me acreditar em sentimentos inexistentes
Não importa!
Sei que terei forças para olhar minhas mãos encharcadas de sangue
Quando terminar.
Ah querido, um segredo inconfessado
É deveras pior que vozes gritantes...
Por um longo tempo deixei-me enganar
Não queria ver meu inimigo: Você.
Quis o destino que nos encontrássemos
Pois meu amor agora é teu amor
E o teu desprezo é meu desprezo
Use todas tuas armas, destrua-me!
Mas o meu amor, você não mais terá!!
És ladino demais para ser tão verdadeiro quanto o pregoa
Pensa que me enganas com tuas palavras cândidas e de ternura?
Não mais...
Mergulhou-me em suas ilusões
E agora afoguei-me...
De você, quero o corpo
O prazer que podes me proporcionar...
Assim como me usastes, usar-te-ei também
Falso beneditino,
Humilhai-vos, humilhai-vos,
Humilhai-vos a mim
E poderás ter-me mais uma vez...
Adore-me, venere-me.
Mate por mim,
Morra por mim
E assim terás meu corpo novamente
Assim acabe com tuas noites de solidão e... angústia.
[Eu sei, essa não está muito boa. 2004 - 15 anos]