...ERA UMA VEZ A AMAZÔNIA
...ERA UMA VEZ A AMAZÔNIA
Os moradores da floresta começaram a correr;
vão pra frente e pra trás, sem saber o que fazer.
Por um lado é muito fogo, por outro é o malfeitor;
que enjaula os animais, e leva ao atravessador.
corre bicho, corre caboclo, que a Amazônia acabou!
O índio desinformado, E esquecido de si;
não tem noção do problema que está logo ali.
Fica sentado, sorrindo e olvido;
não sabe ele ainda que terá a triste sina,
com um rádio no ouvido;
terá que se submeter ao que o homem branco ensina.
Quando procurar a floresta, E dela só cinzas restar.
Qual o quadro aos seus filhos terão sem o “verde Adi”;
para ver de a verdade emoldurar?
Cai ao pó o Caiapó, todo o povo da Amazônia;
aos que sobem em açaizeiros e o fazem com peconha.*
Tocaram fogo na mata,
a natureza se arrasta,corre índio, é bicho...Mata!
Acabou a Amazônia.
E aos homens brancos só resta agora a insônia.
A cobra, cobra seu veneno curador;
era uma vez a peçonha,
tantos rios, tantos igarapés* , pra que isso seu dotô...?
era uma vez a amazônia...
* Peconha vem do tupi pekóiñ. Substantivo feminino;
Laço de corda ou de enbira, com a forma de um oito, preso ao
tronco de uma árvore e colocado ao redor dos pés,
para subir numa palmeira.
* Igarapé = Braço de rio.
Dueto composto por PEDRO E ADILENE SANTOS (Petrus e Adi) dois paraenses apaixonados... pela Amazônia).
29.02.2008