Como Mágica
Sonhei estar num deserto
sem nada nem ninguém por perto
onde olhava via só areia
Quente o sol escaldava
meu corpo seminu de sereia.
sentia-me tonta como um besouro
que a luz incansavelmente procura
Abria e fechava meus olhos
sem nada entender ou pensar
de tudo aquilo que estava ali
a minha frente por acontecer.
De repente um vulto negro
era um homem que como mágica
surgia envolto em mistérios mil.
Era grande feito um gigante
coberto por vestes muito elegantes.
De seu corpo nada se via
além dos olhos negros e dos dentes.
Olhava quieto como se esperasse
que algo eu fizesse ou falasse.
Eu que estava ali parada
com tão poucas vestes
Sentia-me uma odalisca romântica
presa num sonho mágico
a esperar que algo de novo
acontecesse em minha vida.
Aí como era de se esperar acordei!
sentindo que areias me restaram
no corpo que por certo há de dançar
essa música por muito tempo ainda
Até sonhar novamente
com meu príncipe da Arábia.