SEM SAÍDA
SEM SAÍDA
Vou pelo caminho
engolindo a escuridão
passos lentos e arrastados
quebram o silêncio da madrugada
Vegeto nesta ruela fria e imunda
que há muito tempo percorro
e onde os sentimentos não têm vez
ficaram à margem do caminho
um após o outro, derrotados
Ao largo vislumbro sombras
das quais não me distingo
e só as feras que criei me acompanham
à espera de um momento de fraqueza
meu último vacilo
Sinto que aos poucos
meu fim se aproxima
Já não há mais saída!