A PELE: O PÓ DAS NOSSAS CASAS!

Conexão...

Eis, o segredo que a esfinge resguarda em sua natureza milenar.

Falar de despertar e redespertar!

Constatar que fazemos parte de um glorioso “plano”.

Um plano cosmoético!

Para que?

Diante dos processos entrópicos, sejamos cônscios dos eventos.

Realidade... pseudocósmica!

Realidade... quântica!

Onde estarei quando acabo de escrever estas linhas?

Nas vastidões incomensuráveis do princípio de probabilidades?

Seremos uma probabilidade nos subníveis da matéria?

Que matéria?

E existe tal qual a concebemos?

Certamente que não!

Somos conexão!

Fazemos parte de um sistema vivo que se autogera num ciclo constante de renovação caótica.

O caos primordial acontece a cada vinte quatro horas em nosso veículo biológico.

E não nos damos conta da viagem que fazemos,

Através da inexistência.

Somos seres novos!

Renovados a cada despojamento molecular.

Onde estarei quando a dança cósmica findar em seu desígnio?

Realidade...

Abre as janelas e virá o sonho do sonhador quando pensamos estar despertos.

Realidade... realidade!

Irrealidade...

Quisera penetrar essa conexão,

E sentir o princípio que rege a existência.

Irrealidade...

É aqui que habita o segredo,

A revelação do “olho do sonhador”!

E é no aqui - agora vivencial,

Na relação “objetal” do observador-observado,

Quando a flor de lótus se abre,

E emana seu perfume, unificando as pontas,

Nas extremidades do sem-tempo...

Aqui é que tudo acontece!

No movimento dialético da existência

Realidade e Irrealidade...

Princípio dicotômico,

Catarse... yin e yang

Equilíbrio! O verdadeiro poder...

Conhecimento!

É o que transcende no trajeto do não-percorrido.

Esse é o caminho a ser prometido,

A singularidade de um evento a ser perseguido!

E assim, eu, tu, nós...

Diariamente, no pó das nossas casas!

Seilla Carvalho
Enviado por Seilla Carvalho em 28/02/2008
Reeditado em 28/02/2014
Código do texto: T879125
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