Oceonar e mais uma Prosa
vejo e sinto-te como da primeira vez
absorvo e deixo-me absorver
de tua energia
percebo a imensidão de sede
quanto mais próxima mais o quero
em mim sou em ti, em ti retorno ao ser
sou mais em mim quando
em teu imenso corpo mergulho
com meus olhos sedentos
as partículas de pura energia gelatinosas
que de ti se desprendem
arrefecem meu olhar quente
procuro por mistérios
e encontro uma resposta simples
és energia em abundância
entrego-me ao vórtice que
me cura de minha humanidade
retorno aos estados fluídicos ,
primitivos de mim...
transbordo ...
como vivenciar o ser
sem reviver o tanto de Oceano que sou?
* virgínia além mar * fev 08
&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&
Folia e verdade
Por aqui, ali... Acolá algum sentido ouvi. Por ali, onde a calda doce do dia começa escorrer entre as frestas da madrugada a noite deixa um friso, guardado sentido antes do alvorecer...
O sentido é brincadeira, poeira da noite nos olhos distantes daquele que quer ainda dormir.
Iluminada a dobra do cobertor, quer brincar entre os pés de pegar sonhos que cintilam sob a sombra do luar.
Vem que ainda há um resto de noite em minhas mãos pagãs.
Se sou enredo és poeta e cantador.
Gentil cavalheiro, Dom Quixote percorre com sua lança entre as sombras das nuvens, repartindo desta as franjas descobre mel solar. Possa donzela, imaginária, ver-te a face iluminada por restos de verdade sonhada...
Possam, tu e ela, ouvirem sons primordiais que dão algum significado as palavras... virgínia vicamf - Fevereiro 2005