Como seria?
Que graça teria, se você não me olhasse todas as vezes que eu passei pelo portão;
Mesmo que, quando me perguntaste algo, eu respondesse nada não?
Que graça teria se eu não ti visse sem farda, não me apaixonasse nesse mesmo instante,
E se você sentisse tudo só?
Quem eu chamaria de bebê?
E quem me chamaria de minha flor?
Que graça teria, se não tivesse rolado tanto nervosismo no início?
E se você tivesse o mesmo grau de timidez que o meu?
Que graça teria, se não conseguisse espaço para me dizer que também me queria?
E como seria se você, como eu fiz, desistisse?
E se fosse como eu, a gostar das relações platônicas; que seria de nós?
Que graça teria se você não me gostasse e nem me quisesse?
E se vier a descobrir, finalmente, que não sou o que queria, o que imaginavas; que será de mim?
E se nunca mais sorrisse para mim?
Minha vida teria um triste fim.