Eu, eu desconhecido e tantos comigos.
"A raiva aperta o peito e, sufocado, sinto as lembranças voltarem como em uma triste tarde de domingo.
O ódio, sem nenhum compromisso, bate à porta para um chá regado à angústia e então me dou conta que são elas, as memórias de tempos ingênuos que vêm desatar-me; finalmente posso ver em mim como se fosse fora de mim, afinal, gritos insólitos de solidão desnuda de prazer ecoando cada vez mais intenso por dentro do eu desconhecido que possuo.
Novamente encontro-me somente eu junto aos meus comigos, tapando os ouvidos para abafar aqueles gemidos e grunhidos que já não tão fortes, persistiam em se fazer presentes para ver uma alma doente que, sem saber o que fazer, punha-se a cantar tristemente aquelas canções a dizer sobre o triste fim do luar.
“Eu, apenas com o eu desconhecido e tantos outros comigos.”