A METÁFORA, O VÍCIO DO POETA
A metáfora é o vício do poeta.
Este ser ambíguo e ambivalente
é como a própria métafora: É a própria intuição, metonimicamente,
em carne e osso.
Ele passa a vida misturando alegoricamente, a realidade dura com o segredo da realidade cifrada em forma de sonho poético.
Hiperboliza a flor e o amor para fazer litotes da dor dos que vivem a vida real sem o arrego da inspiração.
Ajunta símiles para formar parábolas simples, que são como bálsamo que diminui a dor da ferida da alma.
Canta o bucólico nas fábulas que reúnem prosopopéias e onomatopéias e põe seus bichos em cena.
No fim, tudo é metáfora, é teatro; e somente os loucos vivem sem ela.