LUZ DE VELAS

Quando cada

ser humano nasce,

acende-se uma luz,

a pequenina chama,

de uma vela nova,

ainda grande,

inteira, intocada.

Com o passar do tempo

aumenta a chama dessa vela

que se vai consumindo,

paulatinamente,

continuamente,

tornando-se menor

a todo instante,

a cada momento,

sem descanso.

Ela vai cumprindo a sua

grande e inequívoca missão

de iluminar e de embelezar

o ambiente onde está inserida.

Mas seu sacrifício é extremo,

já que é a oferta da própria

existência que a faz produzir

a sua tão inebriante luz.

Se a vela temer não mais existir,

procurará um sopro vil e sutil

que lhe amortecerá a bela chama.

Com isso, ficará protegida,

porém, estagnada, omissa.

Infelizmente, não cumprirá

o objetivo maior de sua vida.

Mas se ela for corajosa

e deixar que a chama

venha a consumi-la até o fim,

terá dado um sentido ao seu viver,

terá modificado o seu estado,

e, o que é melhor, transcendido,

transformando-se em algo maior,

quem sabe, nascendo novamente,

numa outra dimensão...

Seja como for, ficar com a luz

acesa ou apagada é uma decisão

pessoal e intransferível,

de cada uma das velas,

representantes dos seres humanos

nesta singela alegoria.

Qual será a minha, a sua, a nossa opção?

A Humanidade dependerá dessas decisões

para viver nas trevas ou na iluminação.

Quanta responsabilidade em nossas mãos!!!

Mari Lys
Enviado por Mari Lys em 21/02/2008
Reeditado em 11/06/2024
Código do texto: T869512
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