Chuva das Estações

O rosto quente contrasta com as gotas frias

escorrendo dos cabelos aos ombros nus

O calor ofegante dos olhos penetra

nas figuras que rápido nascem

ao redor,diluindo em vermelho vivo.

Entardece chovendo.

Na esquina,entre lábios que sorriem,

a água desce em fios de lembranças

e os olhos brilhantes se satisfazem

com a solidão imensa da rua.

Árvores,muros,mais outra rua,flores alegres;

gotejar calmo no peito molhado de suor e chuva.

Talvez a noite,talvez a saudade,

chega sem querer,

e reparo que os pingos do céu

não são os únicos que sorrindo

acolho.

E ouço que minha voz esteve só

quando chamei,pedi por alguém.

Não mais importa sentir o sol, a chuva,a noite?

Barbra Cerutti
Enviado por Barbra Cerutti em 21/02/2008
Código do texto: T869082
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