Meu Espaço
Meu Espaço
Muito discreto, chega ao secreto,
A procura de um teto pra seguro rezar,
Cobre o rosto, manto ao pescoço,
Interna é sua luz...
Enlace no braço, do couro bem firme,
Levanta bem cedo para lá se firmar,
Antes de tudo, lavar suas mãos,
Lembrando da pureza e livrando-se do mal da noite...
Veredas de um hábito, que fora aprendido,
Em meio a perigos de morte...
Se hoje eu tenho, meu manto e os couros,
Tal qual o abôio,
Ali, de pé, eu canto, rezo e canto...
Lembrando de tudo no passado e no presente,
Intento trilhar tuas veredas,
Travando a guerra do saber por saber,
Tentando, sim, não parar no caminho...
Enquanto existir em mim fôlego de vida,
Feliz eu serei com um manto e com dois couros,
Interna presença do Divino Ser,
Lembranças de tuas palavras me cobrem os olhos...
Intermináveis palavras...
Minha alegria, meu manto, meus couros, meu espaço...
Carlos José Maciel Alves
P.S.: Esta poesia está devidamente registrada em cartório no nome do autor. Toda reprodução sem a devida autorização sofrerá as sanções penais previstas em lei.