Um sonho de amor

Um sonho! Não, não... um paraíso da imaginação! Do nada em meu sono brotas com o mesmo sorriso, a mesma meiguice, a mesma paixão.

Em rios de pranto teu corpo fitei; teus olhos de mel entenderam que nunca deixei de te amar. E como ainda te amo, amo demais! Olhares banhados por lágrimas da mais verdadeira saudade, lágrimas por culpa de uma altivez insensata, por culpa da tentativa tola de esquecimento.

Mas como olvidar? Amor não se vai como vento, em vagas sem rumo, noites e dias a fio. E eu te beijava, quase sentia, por tanta vontade, teus lábios nos meus resvalarem reais; nunca disputaste com ninguém meu coração, tampouco disputará, ele não permitiria. Ele foi teu, ainda é e sempre será.

Que sonho! Ou seria um martírio? Que obra cruel de minha mente; ato atroz fazer alguém tão feliz apenas ao dormir. E quando o dia é vindo? Desperto, quase que morro, eu choro! Como posso te amar ainda como na primeira vez em que te vi?

Meus olhos pararam no tempo daquele dia? Minha alma te ama e meu coração com saudades te espera... Se sou poeta é por ti, foi por te ter descoberto com os olhos cegos e apaixonados do embevecimento sublime, os olhos do amor.

Carlos E S Dantas
Enviado por Carlos E S Dantas em 08/02/2008
Reeditado em 10/02/2008
Código do texto: T850534