Canto do Arrependimento

Ouça o cântico da vela apagando,

Na fugida brisa se esvaindo

Dentre a penumbra cambaleando

Com sua falecida felicidade fingindo

Pela noite perseguida e atormentada

Desesperadamente por mim grita

Sente em face o desespero e minha mão gelada

À presença da morte restrita

Pede à solidão conselho maldito

E o medo que nessa hora vos desposa

Na pujança da adrenalina, acredito,

Pede-me um conselho repetido

Com a força funesta de uma mentira

Tu foges como a escuridão da claridade

E de desespero mal respira

Necessitada de um pouco de caridade

Negando o arrepio que por teu corpo corre

Ao ver que o pouco de esperança que lhe ocorre

O grande breu, paulatinamente repele,

Por mais uma vez é frustrada

É pela escuridão finalmente reclamada

Atirada na mais profunda caverna

Mas, de lá, resgatar-te-ei!

E serás pra sempre minha amada...

Eduardo Amorim
Enviado por Eduardo Amorim em 03/02/2008
Código do texto: T844663
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