Canto do Arrependimento
Ouça o cântico da vela apagando,
Na fugida brisa se esvaindo
Dentre a penumbra cambaleando
Com sua falecida felicidade fingindo
Pela noite perseguida e atormentada
Desesperadamente por mim grita
Sente em face o desespero e minha mão gelada
À presença da morte restrita
Pede à solidão conselho maldito
E o medo que nessa hora vos desposa
Na pujança da adrenalina, acredito,
Pede-me um conselho repetido
Com a força funesta de uma mentira
Tu foges como a escuridão da claridade
E de desespero mal respira
Necessitada de um pouco de caridade
Negando o arrepio que por teu corpo corre
Ao ver que o pouco de esperança que lhe ocorre
O grande breu, paulatinamente repele,
Por mais uma vez é frustrada
É pela escuridão finalmente reclamada
Atirada na mais profunda caverna
Mas, de lá, resgatar-te-ei!
E serás pra sempre minha amada...