Na calada da noite
Naquela noite chuvosa eu te esperava, tu prometeras que virias antes das nove.
Então eu ficava sentada perto de uma janela, onde a vidraça se encontrava molhada, pelos pingos da chuva.
E a cada ronco de carro que passava em minha rua, ficava ansiosa, esperando que fosse o seu.
Lá iam carros se passando e nada de você, e já estava perto das nove, casa silenciosa,
Uma tremenda solidão, quando disse a mim mesma.
-Eu acho que ele não vem.
E estava certa, já se passavam das 12 e nada de você.
Então liguei o rádio, para ver se esquecia sua lembrança que se fazia tão clara,
naquela noite escura.
Depois procurei um papel e uma caneta para rabiscar alguma coisa
E tudo que escrevi foi na calada da noite...