Cata-Vento II
E pelo meu sopro, pelo ar que invade meu peito e que libero como uma forma de expandir a angústia que há dentro de mim, vou contaminando aqueles que estão próximos a mim, aqueles cujo sopro me afeta de alguma forma, mas que não me contamina porque sou demasiadamente egoísta pra atrair a epidemia dos outros. Quero a dor só pra mim. Gosto do auto-flagelo.
E assim, nessa interação de ares e ventos que circunscrevem minha existência, lido com o vento interior. Vento leve como a brisa e que às vezes, de supetão, se torna rajada, e outras vezes, tufão.