Sonho

"Nada lhe pertence mais que seus sonhos."

Friedrich Nietzsche

Ele: "Adoro a maneira como a gente conversa quase se beijando... e todas as vezes em que você desvia o rosto e volta logo em seguida para um daqueles beijos cinematográficos... Adoro a maneira como você me olha, como cuida de mim - mesmo quando eu mereço apenas desprezo.... Eu adoro quando me deixa deitar em seu colo e me enche de carinhos e atenção, adoro conversar com você o tempo todo, adoro poder confiar em alguém que amo tanto. Adoro saber que depois de tanta espera - 7 longos anos de espera - estamos aqui, juntos: o amor não pereceu diante do tempo, diante das pessoas, e, o mais importante, não pereceu diante da minha covardia, que o escondeu e feriu você por tanto tempo, quando o que eu mais queria era lhe dar carinho..."

Ela: "Eu amo você. Foi isso que me manteve aqui esse tempo todo, resistindo ao seu desprezo, aos maus tratos e ao despeito. É um amor tão grande que , não importa o quanto eu tentasse te esquecer, de uma forma ou de outra eu estava sempre aqui de volta. Eu já chorei, já desisti, já quis morrer, nada fez o sentimento mudar, só fez crescer. Mas agora eu entendo, ele não podia ir. Não podia ir até que você mostrasse que era recíproco, porque, diferente de mim, ele dizia que você sentia alguma coisa toda vez que eu olhava em seus olhos, e só não entendia o porquê de você negar tanto. Eu te amo, e não é pouco. Eu te amo imensuravelmente...."

*Pausa para o grande beijo, o abraço, e depois... bem, depois, nada. Depois ela acordou e chorou pensando no sonho antes que esquecesse, porque esse sonho era dela, este momento era dela, não importa quão irreal tivesse sido. Não importa quanto tempo ela tivesse de esperar para que se tornasse realidade, não importava que fosse sonho para sempre. Acordando antes do fim, ela fugiu, pela primeira vez, do constante final trágico que a perseguia até nos sonhos...

Nica
Enviado por Nica em 29/01/2008
Código do texto: T838430
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.