TRANS TORNADO
(dedicado ao poeta e irmão Renato Barros)
Oh! Bruto coração! És um transtornado
Vens agora a lamentar-se para mim?
Que posso eu sentir, senão pena de ti
O prato mal servido pelo passado
Deixou-te com esses olhos de fome
E agora nada me vales, um vintém!
Pois só ficas aí, pregando-me peças
Na espreguiçadeira de meu farto peito
Sem nada saber sobre o amor... Dor?!
Façamos um trato em que eu desisto
De nova barganha tua e aí parado ficas!
Não te intrometas em cousa alguma
Nem nada tenciones, que desta forma
Quando eu quiser que tu opines
Estarás descansado e lúcido, tolo!