O QUE PROCURAS?
Procurar o invisível é o mesmo que naufragar,
Da dor existencial tão presente o por que não ultrapassar?
A tudo no momento que se apresenta a indiferença se faz presente
O que mais importa nesta longa caminhada...
A monotonia ora vai, ao encontro.
Da incerteza se não existe o encantamento
Tudo é errado nesta trajetória, na carência de vivenciar esta estória.
Sinto o tal vazio novamente,
Encabula a alma em fantasiar, mais, mais fantasiar o que?
-Pergunto-me sempre.
Mentiras, acasos, ilusões.
Tão expostas a tudo que mim rodeia
Às vezes chega a ser absurdo
Enlaçar-me novamente nesta teia
Tudo o que foi dito, talvez até sem sentido.
Esfria o coração, já sangrado.
A questão do amor inventado,
Não faz sentido, só traz desilusão.
Meus olhos se queimam em buscar
Uma esmola, ou até um sonhar.
Desse sofrimento sufocador,deixa-me em devaneio, avançar.
A quem foge do amor.
Importa sim o absurdo, transitório.
Desse terreno que nem dona sou
A angustia se fez morada que coração mais embriagador,
Quando soluço, em pensamentos obriga a vontade de ser eterno
Aceitando o encobrimento da certeza de se sentir tão estupendo.
Fingir... Fingir...
Qual a razão de um lago escuro traduzir o sentir tão obscuro
Esses gemidos, os ais insanos,
sinto-os na escuridão da noite em aflito.
Oh! São meus esses surdos gritos, jogados na rua pela madrugada,
São varridos por ventos violentos _ choro de saudades por você minha amada.