A garota de verde

Que inveja dos dois pombinhos juntos na segunda feira. Uma dúzia de amor seria suficiente para me fazer levantar da cama. Sou um voyeur, te vi de verde e guardei os seus bocejos em meus devaneios. És uma princesa da era vitoriana, sua imagem é uma porcelana que se estilhaça no château. Eles dizem para não olhar, o último petrificou, mas eu não resisto aos seus encantos, o mar me convida, a areia é um fosso, e você é o gosto que alimentou minhas pupilas. Eu descubro que a cidade é maior que eu imaginava, e não vejo as mesmas pessoas que eu conhecia, sinto um desamparo incurável, insaciável, uma solidão que corrompe e destrói, e então chego em casa, só quero descansar, e esse texto era para ser sobre uma jovem garota que me encantou à beira-mar...