Em silêncio II

Em silêncio -

Transmutando a mente.

De pensamentos equivocados,

Infinito caos.

Nada é diferente,

Da perversidade exterior.

Onde me encolho de frio,

No íntimo,

Necessário calor.

O que faço aqui?

De onde vim?

Para onde vou?

Questões sem respostas,

Não foram construídas as janelas.

Fechadas estão as portas,

Qual a finalidade?

Sinto-me asfixiada,

Para o vazio que me rodeia.

Impossível não acontecer o cansaço,

Esforçando-me a cada passo.

Na harmonia buscando o compasso,

Distante estão os abraços.

Sei que nesta caminhada,

Há uma longa estrada,

A ser percorrida com total resiliência.

Emoldurada com ausências,

Diante do crescimento.

Existe uma escolha,

Ou diversas delas,

Entre luz e sombras.

De repente,

Transformou-se com uma única palavra.

Não condeno os outros por ser assim,

A medida que o tempo passa,

Transmutação sem fim.

Mudam-se o passatempo,

Velhos hábitos perdem a graça.

É a máxima da vida,

Não estou sendo atrevida,

E nem fazendo pirraça.

As pessoas são controladas,

Não enxergam a manipulação das massas,

Agindo como se não houvesse o amanhã.

A morte não é algo finito,

Apenas realizando a transição.

A alma volitando por remota dimensão,

Abandonando o corpo físico,

Evoluindo ou não na expansão.

Quem foi?

E quais serão os escolhidos?

Ou simplesmente os excluídos...

Sem apelo,

Mas um convite para a reflexão.

De crenças religiosas, liberta,

A exceção de impor conhecimentos.

Faz algum sentido,

No que pressentimos em nosso âmago?

O tão sonhado aconchego,

Tornando-se abrigo.

E não sendo o medo,

A sensação de perigo.

Não estamos aqui por acaso,

Na iminência de determinado prazo.

Quando redescobrimos a verdadeira missão,

De sermos pessoas instruídas.

Buscando o real conhecimento,

Do aprendizado, a contribuição.

Não me leve à mal,

Em meu silêncio.

A constante observação,

Transmutando a mente.

Praticando a alquimia,

De sombras em luz,

Energia límpidas.

Transfigurando o espírito,

Dissolvendo os pensamentos equivocados.

Infinito caos,

Nada é diferente.

Quando o extraordinário se faz presente,

Dissipando a tormenta exterior.

Onde me encolho no frio,

Miscelânea de sensações, arrepio.

Um mergulho para dentro,

No íntimo, abastecendo-me de calor.

Em silêncio –

O meu porto seguro.

Distante do burburinho alheio.

Cultivando a paz.

Aguardando o instante exato,

De retornar,

Ao verdadeiro lar.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 08/04/2025
Reeditado em 08/04/2025
Código do texto: T8304956
Classificação de conteúdo: seguro
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