Domingo, 27 de março de 2011
O dia mais triste de março,
do ano, da vida.
Um dia comum, um dia feliz—
se não fosse o final.
Na minha cabeça, o som do rodeio:
as pessoas, os animais, a agitação…
E, em vista, seus olhos verdes,
seu sorriso largo.
Mas, de repente, tudo apagou.
O vazio ecoou.
O dia que era alegre se entristeceu
quando você nos deixou—
ou melhor, da pior maneira,
decidiu partir.
Sem adeus,
sem explicação,
apenas tirando o mais precioso que tínhamos:
sua vida, seu sorriso, sua risada.
O tempo parou naquele instante,
mas o mundo seguiu sem perceber.
As luzes do rodeio continuaram piscando,
as pessoas riam, conversavam, viviam—
enquanto dentro de mim tudo se calou.
Fiquei perdida no meio da multidão,
procurando você em cada rosto,
em cada risada, em cada olhar.
Mas você já não estava mais.
Tentei entender,
mas a dor não veio com explicação.
Apenas se instalou,
pesada, sufocante,
me deixando à deriva nesse vazio
que você deixou para trás.
Desde aquele dia, sigo sobrevivendo,
tentando costurar os dias sem você,
tentando dar sentido ao que parece não ter.
Mas a verdade é que nada preenche essa falta.
Nada responde essa pergunta:
Por quê?