A cantonesa
Em Macau, na Travessa Beco do Engano,
Vi a cantonesa, linda e radiante,
Traje de seda vermelho, adornos de prata,
Pele de porcelana, beleza sem igual;
Partir com outro, meu coração despedaçou;
Desgostoso, voltei ao Ocidente
Num cargueiro holandês que me levou
A querer aportar em alguma praia distante;
Lisboa estava longe, dobrei o borjador;
Aportei em Lunda, sem pedir mercê ao Rei.