Fonte: iSTOCK
OUTONO DE COLCHAS E TAPETES
No espaço em que transito,
Teço tapetes e colchas de um colorido
Que trespassa a sensatez
São cores vibrantes, chamativas,
Talvez por desejar, ou ser altiva,
No transbordo de minha pequenez.
Mas as cores que brilham na distância
Tem um quê de vida das instâncias
Que se foram, deixando rastros.
De longe, se olhardes, vereis,
Que as cores, são signos da embriaguez
De sonhos quebrados que persistem.
Para que? Pergunta tão inocente,
Sem resposta, no mínimo, coerente,
Com as vivências que, teimosas, insistem.
Cobrem o chão as folhas derrubadas,
Das árvores nuas, já descarnadas.
Mesmo assim, estendo meu tapete,
Como colcha coberta de verbetes,
De um poema de tramas entrelaçadas.
najet, 2021. Editado em 19 Março 2025.
Fonte: FreePick