Combate
"Não há nada de novo aínda somos iguais"
Morrerei em combate sem reza e sem oração as normas secretas e rígidas enchem os sonhos de sombras, por trás da noite cinzenta se escondem os espelhos e os quartos esperando esse amor em vão,
Há entre as memórias já cansadas de ir e voltar um rumor de multidão morando no espaço e no tempo, já não tenho balas pra matar o tédio,
Desenho promessas mudas, despidas de sentimentos encapsulados que brilham no vazio de um baú ou de um carro velho sucateado, estou ao meu lado construindo edificios com velhas colunas feitas de amor impossível,
Morrerei em combate, com minha armadura reluzente vencendo lembranças e recolhendo os últimos despojos de instantes e beijos nesse interminável rio da vida.