Onírico
O herói adentra em outros mundos, desnudo;
Reduzindo o estranhamento ao conhecido.
Num espasmo, extrai da imagem o onírico,
Que, como ele mesmo, se procura e se encontra.
Assim, o explorador de mundos leva a cabo seu intento,
De capturar, nas profundezas de si mesmo, o altar de sonhos.
Sem se submeter a nenhuma lógica, a não ser a do sonho,
O maravilhoso e o terrível se apresentam, como num transe.
Em meio a véus de construção, descreve, num primeiro bafo,
O inimaginável, sem submetê-lo a qualquer filtro ou freio.