ETERNIDADE
Desde antes do tempo ser contado, que o Sol queimasse sua primeira chama e os oceanos encontrassem seus limites, Deus já conhecia cada um de nós. Ele nos viu antes que fôssemos formados e nos escreveu em Seu livro antes que a história tivesse sua primeira palavra. Eis a grandeza da sabedoria divina: O Pai nos contempla não apenas como somos, mas como fomos chamados a ser, como poderemos ser, se nos entregarmos a Ele em plena confiança e amor.
No entanto, a vida nos traz pesos que não escolhemos carregar, sofrimentos que conflituam com nossa essência, dores que ferem nossa alma sem que as tenhamos convidado à entrar. Esses cataclismos que atravessam nosso caminho não definem quem somos, pois nossa identidade é firmada no Criador, não nas circunstâncias. O mal que nos atinge não é reflexo de nossa existência e do que fomos feitos para ser, mas da queda do mundo em que habitamos. Por outro lado, há bênçãos que também não pedimos e que, em Sua infinita graça, Deus nos concede. A luz máxima sobre nossas faces, o amor de alguém que nos entende, a esperança que ressurge quando tudo parecia perdido. São coisas imerecidas, revelações de uma perfeição que, mesmo quando não compreendemos seus caminhos e suas provisões, nos dá sinais de que está vívido, presente, cuidando e renovando todas as coisas.
Diante dessas realidades que se mostram, somos chamados a crer. Mas, não apenas em momentos de desespero, nem apenas quando tudo vai bem. A verdadeira fé é uma constância, um compromisso eterno com Aquele que é eterno. Ser crente não é uma escolha ocasional, mas uma postura perante à vida. Quando a dor vem, crer. Quando a bênção chega, crer. Quando o silêncio parece longo demais, crer. Quando o medo atinge com força, crer.
DEUS é o mesmo ontem, hoje e sempre! A eternidade não começa quando fechamos os olhos para este mundo... Ela está acontecendo agora, em cada passo de fé que damos em direção ao Seu amor.