Mandrágora

Prefiro ser sincero com você, esse monte de segredos não levam a lugar nenhum, ainda quero meus velhos prazeres e os sentidos são famintos e persistem na loucura esbranquiçada dos ossos,

A vergonha herética treme na fogueira sem glória, ainda contemplo o vale da vida com seu sabor de mandrágora, e me deslumbram esses pássaros sedentos de árvores e jardins,

Prefiro o choro que posso suportar ao amor pelas coisas perdidas, tenho medo desses passos silenciosos que trazem o desespero longo do tempo, a via láctea desintegra sem respostas nesse preâmbulo vazio que forma o limbo,

Posso conjurar meu universo perdido e procurar a árvore cósmica da vida ,renascendo andrógino dentre as flores.

Diego Tomasco
Enviado por Diego Tomasco em 13/03/2025
Código do texto: T8284797
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