Á DERIVA

O tempo é um sopro que se perde no infinito,

E eu, à deriva, me encontro no abismo de cada segundo.

Em cada nota, uma chama se acende e se apaga,

Como estrelas que dançam ao longe, distantes, solitárias.

Meu ser flutua, sem direção,

Em um mar de silêncio que ecoa nos vazios do espaço,

Onde o amor e a dor se entrelaçam em uma coreografia de sombras.

O que foi, o que será, se desvanecem como o vento,

Sem resposta, sem razão.

Mas, ainda assim, eu sigo.

Não por escolha, mas por impulso,

A buscar um lugar onde a noite não seja tão pesada,

Onde as estrelas ainda brilham,

Mesmo quando tudo parece ter se apagado.

A melodia do vazio me guia,

Um eco constante, como a pulsação de um coração perdido,

E ao final, quando o universo cala,

Eu ainda sou.

Ainda flutuo.

Ainda procuro.

Ellissa
Enviado por Ellissa em 27/02/2025
Código do texto: T8273731
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