DORMENTES DO METRÔ
E por ali segue...
Um vagão sem nome
A levar histórias anônimas
enterradas no subsolo
das "terras de ninguém".
Segue sobre trilhos inanimados,
a pisotear os sonhos "dormentes"
que só chacoalham
mas silenciosos sucumbem,
sob o peso dos trilhos
dos destinos de sempre!
Apenas segue o metrô...
Indiferente à vida,
A carregar faces ocultas,
moribundas...
e os membros deslocados
de algo que só parece ser corpo.
Leva uma boca seca,
e posta à venda,
mas colorida de batom carmim!
Leva uma mulher
que ainda acredita,
leva todas as partidas.
Um "Punk" que pensa existir,
Um intelectual passional!
Um executivo do nada...
Uma criança desavisada,
Uma mãe desesperada...
A esperança renovada!
Um torcedor descontente
Leva o destino de toda gente!
Um amor fugidio...
leva o tudo que existiu!
Uma célula em apoptose,
leva toda a apoteose!
Pára na estação,
aonde alguém apressado,
salta!
Pois acredita ter chegado.
Mas... aonde?