Singular
Quero das poesias, todos os azuis que se escondem sobre o teto da noite. E assim todas as mansidões do tempo, desenhando o universo em seus mistérios.
E das manhãs que saltam do berço da madrugada, com os pés no chão, quero as vastidões que cercam o mundo de esperanças a cada despertar.
E assim todas as saudades que me contam de sorrisos e felicidades, mesmo que às vezes me façam chorar de ausências. É que é sublime toda a espiritualidade e todo o bem. E ambos são imortais.
Quero das poesias, um leve toque de sabedoria, só para compreender um pouco do que se conquista com simplicidade e ternuras.
E assim enriquecer-me dessas obras grandiosas em que minha gratidão se estende a mim mesmo, ao meu esforço e capacidade; e a Deus por me presentear com a vida e com pessoas que amo de verdade.
E então quero das poesias, apenas as emoções que as compõem, mesmo que não saibam exatamente porque nascem assim desse parto imprevisto.
É que a vida é gestação sem acasalamento; é ímpar em cada coisa e sentimento, a todo tempo.