Não sei que nome dou a este texto...
Sou prisioneira do meu corpo, bem como das leis da física.
Se não fosse a anatomia, fisiologia, gravidade, relatividade, densidade e tantos outros "empecilhos" com sufixo -ade ou -ia, eu exploraria galáxias, estrelas e nebulosas no vácuo do espaço... Eu poderia também desbravar as profundezas abissais dos oceanos e, ao emergir, voaria como um pássaro.
Bastasse, pelo menos, existir sem as limitações do corpo físico: comer, beber, evacuar, procriar, dormir...
A grande questão é que a Terra, este jardim das delícias, soa como um belíssimo presídio; nossos corpos são nossas celas. Somos detentos na carne e no espaço.
Mas quem seria o carcereiro? Talvez seja Deus, ou Alá, ou quem sabe Jeová... Ou talvez sejam todos eles, enfim.