DESSE ENCANTO

Pote de barro

E a vida se esvai em cancros

Asséptica

Miudinha e resvalada

Nos muros, sulcada.

Suspeita-se da aurora

Outrora, da morte

És sangria milimétrica

Arfando, ardendo, intensa.

Pouca saga, enovelada

E a vida se vai juntando

Casquilhos, betoneira.

Onde ceifará mais a dor?

No quintal ou no pomar?

Haverá névoa e o mar abrir-se-á.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 22/12/2024
Código do texto: T8224669
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