DESSE ENCANTO
Pote de barro
E a vida se esvai em cancros
Asséptica
Miudinha e resvalada
Nos muros, sulcada.
Suspeita-se da aurora
Outrora, da morte
És sangria milimétrica
Arfando, ardendo, intensa.
Pouca saga, enovelada
E a vida se vai juntando
Casquilhos, betoneira.
Onde ceifará mais a dor?
No quintal ou no pomar?
Haverá névoa e o mar abrir-se-á.