Espiral
Na espiral da vida sigo, juntando folhas, plantando caminhos; o coração canta no ritmo da pressa volátil e desassossegada, a mente sorve as raízes que acalmam o peito infantil.
Ando sobre a lâmina da espera, que me divide em estradas e corta o fruto amargo da lembrança; me leva para a borda das primeiras coisas, toco o tecido do tempo e densas membranas, que envolvem a vida com zelo, mas me afogam nas horas.