Solitude
O tempo imparcial, escorre
por entre risos e lágrimas,
restando apenas sombras
de sonhos, restos de desejos
e um amor por outro
indesejado...
enquanto tudo parecia fluir,
fui ficando sem alcance,
amei mas não fui amada,
nem assim da vida desisti,
sigo em minha solitude,
a minha doce e terna
sempre estrada...
A vida vai seguindo lá na frente,
sobrevivo, querendo estagnar
os meus passos;
ouço gritos, mas nos braços
do medo eu não me entrego,
às vezes voo,
e aos céus eu chego, sobrevoo
e me encanto no verde
dos prados.
Liduina do Nascimento.