Não volte...
Não rir muito alto, sentar-se com as permas fechadas e os braços juntos, falar mais baixo, não levar tudo ao pé da letra, também não é para ser irônica com tudo, não posso confiar em todos, mas tenho que ser cautelosa, caminhar direito...
Assim sou eu, porém assim não posso ser, então volte mais tarde, quando eu for comportada, quando eu falr mais baixo, quando meu caminhar for normal e vagaroso, quando minha mente não pensar tanto que parece que explodirá.
Volte outro dia, quando eu for um raio de sol, quando eu for a primavera, quando as flores desabrocharem e a luz sol for reconfortante.
Volte quando me vir de fone ma rua de cara amarrada e dura, não mais rindo do vento, da música incrível no meu fone ou de uma subita lembrança.
Não mais dançando ou caminhando ao som da música, caminhado esse que será normal, común e corriente, não mais uma passarela da Victoria Secret.
Volte quando eu esquecer que peônias cor-de-rosa, lírios, copos de leite, Dálias crisântemo, crisântemos, hortensias, margaridas e girasoles existem e rosas vermelhas forem as minhas favoritas.
Volte quando eu preferir café ao invés de leite, quando chá de capim santo não for mais gostoso, quando eu colocar açúcar em um suco de laranja que beberei sozinha, volte quando chocolate quente não fizer mais sentido e quando sorvete de baunilha não for o meu favorito.
Volte quando eu for qualquer temperamento que não o melancólico, quando eu executar mais que pensar, volte quando eu não for Impulsiva e apressada, quando eu não precisar de ajuda, pois saberei fazer sozinha, volte quando for versada em literatura, músicas antigas e o mundo geek.
Sabe quando virá a mim e quererá ficar? Quando você vir através de mim e eu for de fato aquilo que está vendo, como uma poça cuja areia do fundo pode ser vista, quando meu interior for tão raso que o pulo que você dá nela não faz respingos significativos, nada espaçosa, expansiva ou imaginativa, apenas oca.
Então serei interessante.
Por favor, não volte...